Maceió: Após ameaça de aluno, professor pensa em desistir da profissão - TUDO NA HORA - O portal de notícias de Alagoas

Maceió: Após ameaça de aluno, professor pensa em desistir da profissão - TUDO NA HORA - O portal de notícias de Alagoas
Após ameaça de aluno, professor pensa em desistir da profissão

11:03 - 26/09/2011 Da Redação





Uma advertência mais severa a um aluno, em uma sala de aula, pode resultar no fim de uma carreira no magistério. Professor há mais de 30 anos, Alfredo Afonso Ramos da Silva, de 54 anos, afirma que foi vítima, na última sexta-feira (23), de uma ameaça, dentro da Escola Municipal Elizabeth Anne Lyra Lopes de Farias, no Benedito Bentes II. O professor conta que um aluno de 14 anos chegou a avançar sobre ele, afirmando que iria espancá-lo.

Depois do episódio, o professor que leciona Ensino Religioso, afirmou estar amedrontado e que vai, pelo menos, pedir transferência da escola até decidir se desiste definitivamente da carreira.

Embora a direção da escola não confirme a violência, Alfredo Afonso conta que só não foi agredido fisicamente pelo adolescente porque alguns colegas impediram. “O adolescente invadiu a sala e começou a me provocar e dizendo palavras de insultos. Pedi para ele se retirar, mas ele insistiu e falei um mais alto com ele. Neste momento, ele veio para cima de mim. A sorte é que o impediram. Mas ele gritava que ia me pegar”, contou o professor.

Se sentido ameaçado, o professor começou a tomar as providências. “Temo muito pela minha vida e vou pedir transferência da escola. Já registrei um Boletim de Ocorrência e agora vou procurar o Juizado da Adolescência e o Ministério Público”, informou.

A direção da escola ainda está apurando o que aconteceu de fato. Entretanto, o diretor Ivan Gomes Correia, negou as ameaças e disse que a briga teve motivações políticas, já que o professor é candidato ao cargo de diretor na unidade de ensino. “O aluno negou a ameaça e outros estudantes confirmaram a versão do adolescente. A informação que passaram para mim é que houve um desentendimento entre o professor e o aluno por questões políticas da escola”, disse o diretor, afirmando ainda que a discussão aconteceu no corredor na unidade e não dentro da sala de aula.