sábado, 28 de setembro de 2013

Alagoas é líder em analfabetismo no Brasil, segundo dados da Pnad e IBGE

Alagoas é líder em analfabetismo no Brasil, segundo dados da Pnad
Dados revelam que 21,8% dos habitantes acima de 15 anos não sabem ler.
Índice é o mesmo de pesquisa realizada em 2011.
Fabiana De MutiisDo G1 AL
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Alagoas lidera o ranking de analfabetismo em todo Brasil, conforme dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (27). De acordo com o levantamento, 21,8% dos habitantes de 15 anos ou mais não sabem ler nem escrever no estado. A taxa é a mesma registrada pela Pnad 2011.

A Secretaria de Estado da Eduação de Alagoas, por meio da assessoria de comunicação, informou que já tinha conhecimento desses dados e que está, desde o início do ano, trabalhando com o Ministério da Educação, e traçando metas para 2015. A intenção é reduzir o índice em cerca de 1%, de 21,8% para 20,9% em dois anos.
Alagoas acompanha o índice do Nordeste que é a região onde há o maior número de analfabetos com 17,4%, segundo a pesquisa de 2012.

No geral, a taxa de analfabetismo no Brasil parou de cair. Em 2012, a taxa foi estimada em 8,7%, o que correspondeu ao contingente de 13,2 milhões de analfabetos. Em 2011, essa taxa foi de 8,6% e o contingente foi de 12,9 milhões de pessoas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação de 0,1 ponto percentual de 2011 para 2012 está dentro do "intervalo de confiança", e não significa necessariamente que o analfabetismo aumentou, e sim que se manteve estatisticamente estável.

Esta é a primeira vez que a taxa de analfabetismo aumenta em 15 anos. A última vez que o índice subiu em relação ao ano anterior foi em 1997. A partir de então, o índice vinha apresentando queda constante.
Em relação aos dados regionais, em 2012, as regiões Sul e Sudeste apresentaram taxas de analfabetismo de 4,4% e 4,8%, respectivamente, tendo a região Sudeste mantido a mesma taxa que no ano anterior. Na região Centro-Oeste, a taxa foi de 6,7%. Já a região Norte apresentou índice de 10,0%.
O Nordeste concentra mais da metade (54%) do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade do Brasil, um contingente que somava 7,1 milhões de pessoas. Mas analisando a evolução em oito anos, a maior queda da taxa de analfabetismo foi verificada na região Nordeste, de 5,1 pontos percentuais (22,5%, em 2004, para 17,4%, em 2012).
No Centro-Oeste a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade passou de 6,3% em 2011 para 6,7% em 2012, o que também não foi estatisticamente significativo. No Brasil, a taxa foi estimada em 8,7%, frente a 8,6% em 2011 e 11,5% em 2004. Em 2012, havia no país 13,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais de idade.
A taxa de analfabetismo no país tem se mostrado maior nos grupos de idades mais elevadas em todas as regiões. Entre aqueles que tinham de 15 a 19 anos de idade, a taxa foi de 1,2%, contra 1,6% entre os de 20 a 24 anos, 2,8% no grupo de 25 a 29 anos, 5,1% de 30 a 39 anos, alcançou 9,8% para as pessoas de 40 a 59 anos e foi de 24,4% entre os com 60 anos ou mais de idade.

Alagoas tem o pior Ideb do Brasil nos três níveis de ensino da rede estadual
Entre 2009 e 2011, índice caiu nos anos finais do fundamental e no médio.
Segundo o governo estadual, 8.000 alunos ainda não tiveram aula em 2012.
Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo
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A escola Mota Trigueiros, em AL, foi interditada
para reforma em 2012 (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
No ranking das redes de ensino estadual do Brasil, Alagoas teve, em 2011 e pela primeira vez na história, o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país em todos os níveis de ensino: nos anos iniciais do fundamental (1º ao 5º ano), teve Ideb de 3,4; nos anos finais (6º ao 9º ano), de 2,5; já no ensino médio, a pontuação média das escolas estaduais foi de 2,6.
Os dados mais recentes foram divulgados pelo Ministério da Educação na terça-feira (14) e mostram que as escolas alagoanas, principalmente a partir do 6º ano do fundamental, estão cada vez mais longe da meta estabelecida pelo governo federal.
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O estado da Região Nordeste só conseguiu avançar no Ideb do primeiro ciclo do fundamental, que subiu de 3,3 para 3,4. A meta para 2011, porém, era de 3,7. No segundo ciclo, o Ideb caiu de 2,7 para 2,5, igualando o índice de seis anos antes, e ficando a 0,4 da meta. O ensino médio viu seu Ideb cair de 2,8 para 2,6, mesma pontuação de quatro anos antes e também longe da meta para este nível, que era de 3,1. Neste nível, Alagoas teve, em 2005, resultados melhores que dez estados, porém, acabou ficando para trás e, em 2011, foi superado por todos eles e assumiu a última colocação.
Considerando o Ideb 2011 total, que inclui as redes municipal, federal e privada, Alagoas foi o estado com o índice mais baixo do Brasil nos dois ciclos do fundamental (3,8 e 2,9 pontos, respectivamente). No ensino médio, teve pontuação de 2,9, mais alta apenas que o Pará.
EVOLUÇÃO DO IDEB DA REDE ESTADUAL DE ALAGOAS*
Nível de ensino
Ideb 2005
Ranking por UF
Ideb 2007
Ranking por UF
Ideb 2009
Ranking por UF
Ideb 2011
Ranking por UF
Anos iniciais do fundamental
2,9
23º
3,3
22º
3,3
26º
3,4
27º
Anos finais do fundamental
2,5
26º
2,7
26º
2,7
27º
2,5
27º
Ensino médio
2,8
17º
2,6
24º
2,8
25º
2,6
27º
Fonte: MEC/Inep
*Não inclui escolas das redes municipal e privada
O secretário de Educação de Alagoas, Adriano Soares da Costa, que assumiu a pasta há um ano, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o governo estadual já esperava índices nesse patamar, por causa dos resultados da Prova Brasil abertos para consulta dos gestores em junho deste ano. De acordo com ele, a proposta da secretaria para reverter os índices está estruturada em três frentes: modernização da gestão escolar e da estrutura da pasta, contratação de novos professores e reelaboração do plano de carreira docente, incluindo aumentos salariais significativos.
8.000 alunos sem aula em 2012
A situação, porém, ainda não entrou nos eixos. Em abril, a equipe de reportagem doG1 visitou escolas estaduais alagoanas para identificar os principais problemas. Na época, 163 estavam em reforma e 127, ou 38% do total, ainda não tinham iniciado o ano letivo de 2012. Atualmente, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, 24 escolas continuam em obras e 8.000 alunos ainda não tiveram aulas neste ano. Eles estudam em 14 colégios estaduais em reforma, localizados em regiões onde o governo não encontrou um espaço alternativo para improvisar salas de aula. Um dos exemplos é uma escola em Arapiraca, a segunda maior cidade do estado, onde 523 alunos ainda não começaram o ano letivo. De acordo com o governo, técnicos visitarão a cidade ainda neste semana para buscar opções temporárias para oferecer as aulas.
Além desses 14, outros dois colégios estão com reformas atrasadas, mas os alunos estão tendo aulas em locais improvisados. Segundo a secretaria, o problema foi com a empresa contratada, que descumpriu prazos. O contrato foi rompido e cinco outras empresas assumiram as obras. Os estudantes das outras oito escolas que ainda não tiveram a reforma finalizada estão tendo aulas em imóveis alugados pela prefeitura ou, onde isso não foi possível, em tendas climatizadas, situação pela qual passam atualmente 1.640 estudantes.
A assessoria de imprensa da secretaria estima que, até setembro, as últimas 24 escolas em obras estejam prontas e que todos os 237 mil estudantes da rede estejam na sala de aula.
Reforma da escola Julieta Ramos Pereira, em Paripueira, em foto de abril; em setembro de 2011, teto do colégio ruiu, mas não havia alunos no local (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
Ano letivo de 2012 terminará em 2013
Nenhum deles, segundo a pasta, perderá o ano letivo de 2012. De acordo com a assessoria de imprensa, um calendário especial está sendo aplicado nas cerca de 140 escolas com reforma já concluída e será implantado nos colégios ainda em obras. Para concluir os dias letivos obrigatórios por lei, os estudantes terão aulas aos sábados, durante as férias e no contraturno, e só terão folga aos domingos, feriados e nas festas de fim de ano. A expectativa do governo estadual é que esses estudantes encerrem o ano letivo em fevereiro de 2013.
Além da reforma na infraestrutura, o governo espera que saia em setembro o edital de um concurso público para contratar 2.500 professores. Um concurso para a contratação de pelo menos 1.000 monitores recebeu mais de 25 mil inscrições. De acorco com a assessoria de imprensa, as disciplinas que mais sofrem com a falta de professores são as de exatas, língua estrangeira e artes. Um projeto de reformulação do plano da carreira para os 25 mil servidores da educação, que segundo a assessoria deve incluir reajustes de até 80% para alguns setores, está em fase de conclusão.


domingo, 8 de setembro de 2013

Alguns momentos de descontração




Pensamento Árido



Tartaruga, jabuti ou cágado?


Bentivi da cidade

Siamês da cidade


Sagui da cidade

O poeta

O olhar do poeta

Uma pausa para descanso

Chegada de Nina,em primeiro plano, e Florzinha

Um dos prêmios mais importantes do quase 20 que já ganhei. Confira o livro no sitio da Viva Livraria e Editora

Uma das primeiras escolas onde estudei o antigo primário-Rio Largo

Rio Mundaú ao fundo

O poeta

Pedras e águas do Rio Mundaú



O poeta, de novo

Idem.